9 em cada 10 comerciantes mineiros têm expectativa de estabilidade ou melhora no ano
Os empresários do comércio em Minas Gerais estão otimistas em relação ao desempenho de seus negócios no ano de 2024, de acordo com uma pesquisa conduzida pelo Núcleo de Pesquisa e Inteligência da Fecomércio MG junto a empresários do comércio varejista em todas as regiões do estado.
A pesquisa revela que 44,3% dos comerciantes esperam que o ano atual seja melhor do que o anterior para seus negócios. Dentre os principais motivos citados para essa perspectiva estão o otimismo geral, o aquecimento do comércio e as iniciativas específicas das lojas.
Por outro lado, 46,0% dos entrevistados acreditam que o mercado permanecerá no mesmo patamar em comparação com o ano de 2023. Uma parcela menor, representando 7,3%, expressa preocupação com fatores como o cenário político e econômico do país, os preços elevados dos produtos e o endividamento do consumidor, indicando que esses elementos podem contribuir para uma tendência de piora no desempenho de seus negócios ao longo do ano.
Para o presidente da Fecomércio MG, Nadim Donato, a melhora do ambiente econômico – inflação controlada, taxa básica de juros desacelerando, queda na taxa de desemprego e aprovação do texto base da reforma tributária – cria um cenário favorável para que a expectativa do empresário do comércio varejista seja positiva para o ano de 2024.
A pesquisa revela que cerca de 50% dos comerciantes acreditam que as vendas para o primeiro semestre de 2024 serão melhores que o semestre imediatamente anterior. No entanto, para 46,4%, a esperança é que as vendas não sejam melhores que o último semestre do ano. Os motivos aparentes para que as vendas sejam melhores são: otimismo/esperança (39,3%), aquecimento do comércio (35,4%), ação da loja (13,6%) e o 1º semestre é sempre melhor (13,6%), enquanto para os empresários que acreditam que as vendas não serão melhores, pontuam o endividamento do consumidor (28,7%), preço alto dos produtos (24,4%) e momento econômico do país (18,5%).
O empresário do comércio inicia o primeiro mês do ano com planejamento de adotar medidas para impulsionar as vendas em seus negócios no decorrer do primeiro semestre do ano de 2024. Entre as principais ações:
- Promoções (32,1%)
- Divulgação/propaganda (24,1%)
- Atendimento diferenciado (14,5%)
- Diversificar o mix de produtos (7,3%)
A pesquisa traz a informação de que as datas comemorativas do primeiro semestre de 2024 devem impactar quase 60% dos negócios do comércio varejista de Minas Gerais em relação ao ano de 2023. Destes, 28,4% acreditam em um impacto positivo das vendas, e para 24,8% permanecerão próximas ao último ano.
A data comemorativa com maior impacto nos negócios é o Dia das Mães, com 66,9% das empresas sendo impactadas pela data. Em seguida, o Carnaval com 40,2%, Dia dos Namorados com 28,0%, e a Páscoa com 18,9%.
Conforme Nadim Donato, “A pesquisa oferece insights valiosos sobre as expectativas dos empresários mineiros do comércio, destacando tanto otimismo quanto cautela para alguns empresários em relação ao ambiente de negócios em 2024.”
“Outra percepção trazida é a importância do cartão de crédito para o varejo mineiro, já que os comerciantes esperam que 6 em cada 10 pagamentos realizados no semestre serão por meio do cartão de crédito. Os meios de pagamento com maior representatividade foram o cartão de crédito parcelado com 33,6%, cartão de crédito à vista, 23,7%, e o PIX com 11,4%.”, destaca Nadim Donato.
Além das perspectivas evidenciadas para 2024 no trabalho, ele trouxe um retrato do que aconteceu no último semestre de 2023 para o comércio. De acordo com 60% dos empresários, as vendas dos últimos seis meses do ano atenderam às suas expectativas em relação ao primeiro semestre.
Ao comparar as vendas do segundo semestre de 2023 em relação ao mesmo período do ano anterior, 2022, os resultados foram melhores ou iguais para 77,6% dos empresários. Em comparação do mesmo período, com o primeiro semestre do ano passado, a estabilidade ou melhora foi percebida por 71,8%.
Fonte: Fecomércio MG
Foto: Fecomércio